Não Publicado no Wattpad
Ah, a internet. Desde 1969 ligando pessoas de diferentes lugares, e só a partir da existência dela que temos o querido – ou antigo queridinho – Instagram. E nesse efeito cascata temos o temível algoritmo, e é ele que tem me causando certa dor de cabeça nas últimas semanas.
Todo o material visual da série Silhuetas na Penumbra é desenvolvido por mim, nos intervalos de um trabalho e outro, afinal, minha ocupação profissional é de designer editorial, inclusive pode mandar jobs de diagramação, gente. E, se procuro me aperfeiçoar no design, obviamente que aplico isso nas artes desenvolvidas para a minha própria série. Aí vai de post para redes sociais, mockup personalizados, arte para stories, para feed, para banner, para thumb, para tudo. Em média, levo de uma até quatro horas para desenvolver uma arte visual: depende do grau de dificuldade e do quanto eu tô inspirado também. Feito isso, vou para o amado Instagram postar o conteúdo, e adivinhe, o algoritmo entrega a postagem para bem menos de 5% da audiência – o povo que me segue. Convertendo esses 5% naqueles que curtem o que aparece no feed... vixe, o conteúdo que produzi com tanto carinho recebe um pouco mais de 20 likes.
E qual impacto isso causa? Desanimo seguido de frustração.
Para piorar, recentemente descobri que existe uma “lenda urbana” em torno do algoritmo do Instagram chamado de Shadowban. Por alguma razão desconhecida, o tio Zuckerberg autoriza que o perfil do condenado seja escondido por alguns dias (ou semanas), pois existia na postagem algum conteúdo não permitido, alguma #, ou qualquer outra coisa não autorizada. E como você pode descobrir isso? Simplesmente não pode, pois ninguém confirmou a existência desse banimento. Mas muitos usuários já sentiram ou sentem o efeito dele.
Desde quando comecei a divulgação de “Manuscritos da Criação” que vejo o alcance das postagens indo ladeira abaixo. E isso poderia ser fator decisivo para eu simplesmente largar tudo isso e ir atrás de algo mais rentável. Porém, sou teimoso, MUITO TEIMOSO, e lutando contra toda essa frustração e focando que mesmo com as tentativas de sabotagem existem pessoas maravilhosas que dão curtir, compartilham, comentam e salvam o post que mais dois capítulos de “Semente de Âmbar” foram reescritos.
A descrição do espetáculo circense é, sem dúvida, uma das passagens que eu mais amo nesse livro. E minha inspiração para ele foi as horas assistindo ao Cirque Du Soleil no Youtube. Vou deixar um pequeno trecho do capítulo aqui para você:
A banda voltou a tocar, dessa vez uma melodia mais alegre, agitada. Quando as luzes do holofote se ascenderam, uma trupe de palhaços invadiu a arena. Alguns caminhavam sobre enormes pernas de paus e outros circulavam com monociclos retorcidos. Uma criança com um simpático vestido rosa se equilibrava na corda bamba, dividindo a atenção do público. Palhaços sorridentes pulavam com cambalhotas nas pequenas camas elásticas, enquanto outros espirravam água na plateia ou davam pequenos choques nas mãos daqueles que os cumprimentavam.
Se você me perguntar o que pode esperar dos capítulos “O Circo” e “O Espetáculo” eu te direi: A aproximação de Elisa com alguns personagens que ainda vão ter uma participação muito importante no decorrer do livro. Uma cena totalmente inspirada no quadro “Relatividade” de Escher e a primeira menção a Criação dos humanos no inicio das eras; Quem foi Adamá, quem era Lilith antes de se tornar a Dama do Reino do Caos e mais alguns detalhes para você mergulhar nesse universo de Silhuetas na Penumbra:
“Adão e Eva eram um dos sete casais, e se chamavam Zoé e Adom na verdade. Todo o mito conhecido por vocês foi um devaneio do casal.”
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