Eu me afastei da escrita durante longos quatro anos...
Voltar para o universo de Silhuetas na Penumbra era doloroso, voltar a escrever era doloroso, afinal, uma das pessoas que mais me apoiou não estava mais comigo. E voltar para algo que ela sempre me motivou abria cicatrizes que eu não queria encarar. Me fazia reviver o luto, o vazio de procurar pela casa por ela para mostrar um novo capítulo e não a encontrá-la. E eu não queria sentir esse vazio.
Quatro anos depois, o vazio permanece, a falta ainda é diária, mas eu decidi encarar as cicatrizes e honrar todo o apoio e entusiasmo que ela depositou em mim.
Em outubro de 2022 eu anunciei que voltaria a escrever, que voltaria a publicar todas as histórias desse universo chamado Silhuetas na Penumbra e enfim foi ao ar a versão digital de “As Crônicas dos Mestiços” e uma nova era se iniciou, uma nova fase para minha carreira de escritor.
E para celebrar esse retorno em fevereiro de 2023 eu recebi a notícia que “As Crônicas dos Mestiços” era finalista do Prêmio Ecos da Literatura, e se isso não bastasse, eu também era finalista como
“Melhor Profissional da Área – Diagramação”.
E foi no dia da cerimônia que o que parecia quase improvável para um autor iniciante, que se afastou da escrita e voltava de maneira tímida, aconteceu:
“E o vencedor na categoria Melhor Livro Digital 2022 é...
Silhuetas na Penumbra: As Crônicas dos Mestiços”
1º LUGAR. Nem nos meus sonhos mais loucos eu poderia esperar por esse resultado. E muito menos o que ocorreu logo em seguida; alcançar o 2º LUGAR em Melhor Profissional da Área. Dois prêmios, duas categorias, me presenteando nas duas áreas que eu mais me empenho, que me motiva, que me traz proposito.
Esse prêmio não poderia ser dedicado a outra pessoa além dela: Mamãe. Obrigado por tudo, por me acolher, pela nossa história, ensinamento, força e por sempre me segurar a cada tombo que já levei nessa trajetória e em muitas outras da minha vida. Essa conquista é nossa, e serei eternamente grato por tudo o que a senhora sacrificou e fez por mim.
Assim como agradeci na cerimônia eu reforço aqui:
Existem muitos nomes para mencionar, e não que ele sejam menos importantes, mas eu preciso ser um pouquinho mais sucinto para essa legenda não ficar ainda maior do que já está.
Eu não teria conseguido força para seguir nessa retomada se não fosse pelo apoio diário do meu amor Lucas Thomaz. Não teria agarrado as oportunidades e me sentindo seguro para me lançar nas mais das doidas ideias sem os conselhos e incentivo da minha irmã de alma e grande inspiração Carolina Mancini , e jamais teria chegado tão longe se não fosse aquela garota que me recebeu com um enorme sorriso na fila da bienal em 2016 permitindo que eu falasse pela primeira vez sobre Silhuetas na Penumbra, você também foi fundamental para essa trajetória Meg Mendes
Esse agradecimento também é para Jéssica Albino, Graci Rocha, Priscila Gonçalves e Ricardo Gonçalves, vocês acreditam não só no meu potencial como escritor, mas também como designer, e hoje eu posso falar que já ajudei mais de 300 obras a serem publicadas, assinando com muito orgulho o campo “Diagramador” com o meu nome, obrigado Editora PenDragon por ser quem abriu as portas para essas oportunidades.
Obrigado a todos os “Vigias da Criação”, o grupo VIP no WhatsApp, vocês são, sem dúvida alguma, o combustível motivador nos meus dias mais sombrios.
Obrigado a todos que reservaram um tempinho no caos do cotidiano para votar em mim e na minha obra e me darem esse MEGA presente, celebrando com chave de ouro essa retomada da escrita.
E, obrigado Wellington Budim e todos da comissão organizadora do Prêmio Ecos da Literatura, vocês foram fantásticos, e toda ação que visa valorizar a literatura nacional merece ser aplaudida de pé.
OBRIGADO!
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